Este é um blog direcionado a professores, com objetivo de compartilhar...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Importancia dos Jogos e das Brincadeiras na Educação Infantil

A importância dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil



A Importância dos Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”.  É através do brincar que a criança se relaciona com o mundo, com as pessoas que estão seu redor e com ela mesma. Através das brincadeiras, ela expõe o que sabe e aprende coisas novas, de acordo com o ambiente em que ela esta inserida. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constroem; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz de conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras.
As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica.
Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes materiais adequados, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetivas determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituídos de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente àqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.
ATRAVÉS DA BRINCADEIRA A CRIANÇA:

  • Pesquisa
  • Percebe
  •  Questiona
  •  Se orienta
  •  Cria normas
  •  Obedece as regras
  •  Imagina
  •  Resolve problemas 
  • Aprende a regular seu comportamento de acordo com as situações 
  • A criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. 
  • Cria relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos. 
  • Presente na relação que as crianças mantêm com o mundo. 
  • Diversidade e individualidade 
  • Proximidade com as práticas sociais reais 
  • Aprendizagem significativa e conhecimentos prévios

DESENVOLVE :
 
  •  O seu aspecto fisco motor
  •  Seu aspecto social
  •  Emocional
  •  Artístico
  •  Lúdico
  •  Percepção do mundo
  •  Interação
  • Diversidade e individualidade
  •   Proximidade com as práticas sociais reais
  •   Aprendizagem significativa e conhecimentos prévios

SUGESTÕES DE CANTINHOS PARA SEREM MONTADOS NAS TURMAS:

  • Cantinho da leitura / Artes
  •   Salão de beleza
  •   Bandinha
  • Cantinho da matemática
  • Cantinho de ciências 
  • Cozinha 
  • Sala de visitas
  • Quarto

OS JOGOS ESTIMULAM O APRENDIZADO

Os jogos podem fornecer oportunidades para explorarem aspectos da vida. Quando jogam ou criam os seus, as crianças terão uma compreensão maior de como o mundo funciona e de como poderão lidar com ele à sua maneira.
Os jogos podem ser afirmações do que está acontecendo, ou representações do que as crianças entendem. O jogo esta presente no dia-a-dia do aluno. É através do jogo que ele constrói grande parte de seu conhecimento, caracterizado pelo aspecto lúdico e prazeroso, e a interação com o outro é espontânea. Com o jogo, a criança ultrapassa seus próprios limites, adquirindo autonomia na aprendizagem. Com recursos pedagógicos, a professora poderá utilizar-se de jogos e brincadeiras em atividades de leitura e escrita, matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar o jogo no momento oportuno.

VANTAGENS DE SE USAR O JOGO:
  • Melhora a socialização entre os alunos; 
  •    Permitir a criança a ser menos egocêntrica;
  •  Viver situações de competição e colaboração; 
  • Desenvolver a capacidade de observação, comparando diferenças e semelhanças;
  • Aprender com mais facilidade de modo agradável; 
  •   Apresentar algo desafiador para as crianças desenvolverem; 
  •    Aprender a trabalhar em grupo, respeitando o outro.
 
 
Texto com base no Referencial Curricular Nacional Para a  Educação Infantil. 1996
Texto elaborado por Renata Calasans.

sábado, 14 de abril de 2012

O lúdico na Educação Infantil


Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da criança.  De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.

Em torno dos 2-3  e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o acontecido, mas de executar a representação.

Em período posterior surgem os jogos de regras , que são transmitidos socialmente de criança para criança e por conseqüência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, o  jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil , já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky (1998), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.
Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas.  Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não.

Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget fala do jogo simbólico, e pode-se dizer, segundo Oliveira (1997) ,que são correspondentes.

“O brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança”. (Oliveira, 1977: 67), lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através das zonas de desenvolvimento: a real e a proximal.  A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham adquirido esse conhecimento.

“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu  nível básico de ação real  e moralidade (Vygotsky, 1998).

Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo,  por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977: 58).

Na visão sócio- histórica de Vygotsky, a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social, com contexto cultural e social. É uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão  e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.

Para Vygotsky, citado por Wajskop (1999:35): ...a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o  nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz.

Vygotsky, citado por Lins (1999), classifica o brincar em algumas fases: durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representado pela mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a fase estende-se até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas.

Vygotsky (1989: 109), ainda afirma que: é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos”.

A noção de “zona proximal de desenvolvimento” interliga-se portanto, de maneira muito forte, à sensibilidade do professor em  relação às necessidades e capacidades da criança e à sua aptidão para utilizar as contingências do meio  a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe. (Pourtois, 199: 109).

As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra e estimular para o desenvolvimento do ir além; desta forma, pode-se perceber a importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky.

No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado, ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.

O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança.

NEGRINE (1994:20), em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica".
Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.

Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela  ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.

Porém essa perspectiva não é tão fácil de ser adotada na prática. Podemos nos perguntar: como colocar em prática uma proposta de educação infantil em que as crianças desenvolvam, construam/adquiram conhecimentos e se tornem autônomas e cooperativas? 

Como os professores favorecerão a construção de conhecimentos se não forem desafiados a construírem os seus?

O caminho que parece possível implica pensar a formação permanente dos profissionais que nela atuam.

“é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam, mais do que "implantar" currículos ou "aplicar" propostas à realidade da creche/pré-escola em que atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação”. (Kramer apud MEC/SEF/COEDI, 1996 p.19).

Referências bibliográficas:
KRAMER, Sonia. Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creche e Pré-escola: questões teóricas e polêmicas. In: MEC/SEF/COEDI. Por uma política de formação do profissional de Educação Infantil. Brasília-DF. 1994a

LINS, Maria Judith Sucupira da Costa. 1999. O direito de brincar: desenvolvimento cognitivo e a imaginação da criança na perspectiva de Vygotsky. In: XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA OMEP. Paraíba. Anais do XIII Congresso Brasileiro de Educação Infantil da OMEP. p. 41-47.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Prodil, 1994.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de (org). 2000. Educação infantil: muitos olhares. 4.ed. São Paulo: Cortez.

Piaget, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

Pourtois & Desmet. A educação pós-moderna. Loyola, 1999.

VYGOTSKY, L. 1989. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

WAJSKOP, Gisela. 1995. O brincar na educação infantil. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n.92, p. 62-69, fev.
_____ 1999. Brincar na pré-escola. 3.ed. São Paulo: Cortez.

AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM

terça-feira, 10 de abril de 2012

Atividades com Alfabeto


ATIVIDADES COM O ALFABETO NA PAREDENós sabemos o quanto o alfabeto é importante nas nossas classes de alfabetização. A Revista Nova Escola diz que ele pode ser um suporte para as dúvidas das crianças quanto a grafia das letras.

#DICA 1 Deixe as letras do alfabeto no campo de visão dos alunos, por exemplo, sobre o quadro da sala de aula. Há muitos modelos por aí, mas os mais indicados para o início da alfabetização são aqueles com letra de imprensa maiúscula.



#DICA 2Além de memorizar a sequência das letras e conseguir identificá-las isoladamente, é fundamental usar o cartaz com o alfabeto em atividades de escrita, onde a criança tenha que recorrer a esse suporte. Por exemplo:
Profe, qual é o G?
Vamos recitar o alfabeto (olhando para a faixa) até chegar nele?


#DICA 3
Realizar atividades em que a utilidade da ordem das letras fique clara, como a agenda telefônica ou o uso do dicionário. Uma experiência interessante é visitar uma farmácia (próxima à escola) para observar como os remédios são organizados.


 

#DICA 4Trocar os cartazes com as letras do alfabeto diversas vezes no ano, dependendo da sua proposta de trabalho e do nível da turminha. E eu sempre faço isso junto das crianças que acabam ganhando uma faixa em miniatura para levar para casa e pendurar onde quiserem.


1) ALFABETO MAIÚSCULO DE IMPRENSA: Com os menores, eu começo com a letra de imprensa maiúscula (conhecida como ‘bastão’).

2) ALFABETO MAIÚSCULO E MINÚSCULO DE IMPRENSA: eu adoro construir, coletivamente, cartazes com letras recortadas de jornais e revistas, assim os alunos já percebem que elas têm uma função social.


3) ALFABETO COM ILUSTRAÇÕES: Depois que as crianças já identificam as letras eu as associo a imagens, sem esquecer as diferentes grafias das letras.


4) ALFABETO MANUSCRITO: Cartazes apresentando os 4 tipos de letra maiúsculas e minúsculas, de imprensa e cursiva, com OU sem ilustração.


Eu não sigo essa ordem. Tudo depende de cada turma, do nível que as crianças se encontram e das intervenções necessárias para que eles possam avançar nas suas hipóteses.



# INSPIRAÇÃO para essa postagem

bloguinfo.blogspot.com.bloguinfo.blogspot.com

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/ele-nao-pode-faltar-427752.shtml?page=2



Leninha

Atividades para Trabalhar com Nome




Atividades permanentes para trabalhar com nome próprio


INTRODUÇÃO:
            Por que trabalhar com os nomes próprios? As crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da classe.


OBJETIVOS:
Estas atividades permitem às crianças as seguintes aprendizagens: 
- Diferenciar letras e desenhos; 
- Diferenciar letras e números; 
- Diferenciar letras, umas das outras; 
- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome; 
- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc; 
- Orientação da escrita: da esquerda para a direita; 
- Que se escreve para resolver alguns problemas práticos; 
- O nome das letras; 
- Um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala); 
- Habilidades grafo-motoras; 
- Uma fonte de consulta para escrever outras palavras.

            O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, mesmo a criança com hipóteses não alfabéticas sobre a escrita não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as restrições do modelo apresentado. As atividades com os nomes próprios devem ser seqüenciadas para que possibilitem as aprendizagens mencionadas acima. Uma proposta significativa de alfabetização, aquela que visa formar leitores e escritores, e não mero decifradores do sistema, não pode pensar em atividades para nível 1, nível 2, nível 3... 

É preciso considerar: 
· Os conhecimentos prévios das crianças. 
· O grau de habilidade no uso do sistema alfabético. 
· As características concretas do grupo. 
· As diferenças individuais. 

Conteúdos 
Leitura e escrita de nomes próprios 

Tempo estimado 
Um mês 

Materiais necessários 
- Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos 
- Etiquetas de cartolina de 10cm x 6cm (para os crachás) 
- Folhas de papel craft, cartolina ou sulfite A3 

Organização da sala 

Cada tipo de atividade exige uma determinada organização: 

- Atividades de identificação das situações de uso dos nomes: trabalho com a sala toda. 
- Identificação do próprio nome: individual. 
- Identificação de outros nomes: sala toda ou pequenos grupos. 

Desenvolvimento das atividades 
1. Selecione situações em que se faz necessário escrever e ler nomes. Alguns exemplos: Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que as crianças distribuam tentando ler os nomes). Lista de chamada da classe. Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc. 

2. Peça a leitura e interpretação de nomes escritos. 

3. Prepare oralmente a escrita: discuta com as crianças, se necessário, qual o nome a ser escrito dependendo da situação. Se for para identificar material da criança, use etiquetas; para lista de chamada use papel sulfite ou papel craft. 

4. Seja bem claro nas recomendações: explicite o que deverá ser escrito, onde fazê-lo e como, que tipo de letra usar, etc 

5. Peça a escrita dos nomes: com e sem modelo.

Objetivos
Ao final das atividades, a criança deve: 

- Reconhecer as situações onde faz sentido utilizar nomes próprios: para etiquetar materiais, identificar pertences, registrar a presença em sala de aula (chamada), organizar listas de trabalho e brincadeiras, etc. 
- Identificar a escrita do próprio nome. 
- Escrever com e sem modelo o próprio nome. 
- Ampliar o repertório de conhecimento de letras. 
- Interpretar as escritas dos nomes dos colegas da turma. 
- Utilizar o conhecimento sobre o próprio nome e o alheio para resolver outros problemas de escrita, tais como: quantas letras usar, quais letras, ordem da letras etc e interpretação de escritas. 

Identificação de situações onde se faz necessário escrever e ler nomes. Aproveite todas as situações para problematizar a necessidade de escrever nomes. 

Situação 1- Recolhendo material. Questione as crianças como se pode fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas para as crianças e peça que cada uma escreva seu nome na sua presença. Chame atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras, etc. 

Situação 2 - Construindo um crachá. Questione as crianças como os professores podem fazer para saber o nome de todas nos primeiros dias de atividade. Ajude-as a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua cartões com a escrita do nome de cada uma que deverá ser copiado nos crachás. Priorize neste momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de reprodução pela criança). Solicite o uso do crachá diariamente. 

Situação 3 - Fazendo a chamada Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula? 

Observações: todas essas situações e outras têm como objetivo que as crianças recorram à escrita dos nomes como solução para problemas práticos do cotidiano. 

Identificação do próprio nome 

Dê para cada criança um cartão com o nome dela. 
- Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Nesse tipo de escrita, é mais fácil para a criança identificar os limites da letra, o que também deixa a grafia menos complicada. 
- Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e ser fixado em local visível. 
- Peça para cada um montar o próprio nome, usando letras móveis (que podem ser adquiridas ou confeccionadas). 
- Inicialmente realize esta atividade a partir de um modelo (crachá com o nome) e depois sem modelo, usando o modelo para conferir a escrita produzida. Identificação de outros nomes da classe

Apresente uma lista com os nomes das crianças da classe. 

Cada criança poderá receber uma lista impressa ou colocar na classe uma lista grande confeccionada em papel craft. Você poderá, também, usar as duas listas: as individuais e a coletiva. 

Atividade 1- Ditado 
Dite um nome da lista. Cada criança deverá encontrá-lo na lista que tem em mãos e circulá-lo. Em seguida, peça a uma criança que escreva aquele nome na lousa. Peça a elas que confiram se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todas é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo. 

Atividade 2 - Fazendo a chamada 
Entregue a lista de chamada das crianças da sala. Peça que as crianças digam os nomes das crianças ausentes e que circulem esses nomes. Siga as mesmas orientações da atividade 1, no tocante às ajudas necessárias para a realização da tarefa. 

Atividade 3 - Separando nomes de meninas e meninos 
Apresente a lista da chamada da classe. Peça para as crianças separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos. 

Observação: em todas estas atividades é importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. Este conhecimento: nomeação das letras do alfabeto é importante para ajudar a criança a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado. 

Avaliação 
            É importante observar e registrar os avanços das crianças na aquisição do próprio nome e no reconhecimento dos outros nomes. Tratando-se de uma informação social - a escrita dos nomes -, é preciso observar se as crianças fazem uso dessa informação para escrever outras palavras. A escrita dos nomes é uma informação social, porque é uma aprendizagem não escolar. Dependendo da classe social de origem da criança, ele já entra na escola com este conhecimento: como se escreve o próprio nome e quais as situações sociais em que se usa a escrita do nome. Para crianças que não tiveram acesso a essa informação a escola deve cumprir esse papel. 

Leninha.


sábado, 7 de abril de 2012